Antigamente, o sétimo dia da semana era conhecido como ‘sabá’ (Shabat, também grafado como sabá ou sabat). Reservado para alguns dos mais importantes – e às vezes negligenciados – objetivos da vida, inclusive o convívio familiar, a reflexão e a autorrenovação, o sabá proporcionava às pessoas que trabalhavam muito a oportunidade de recarregar as baterias e passar um dia saboreando a vida de modo mais pleno.
Entretanto, à medida que a vida foi se tornando cada vez mais atribulada e outras atividades começaram a atrair a atenção das pessoas, essa maravilhosa tradição perdeu-se, levando consigo todos os seus benefícios.
O estresse por si só não é uma coisa má. Ele pode, às vezes, ajudar-nos a ter um ótimo desempenho, a expandir nossos limites e a realizar coisas que não nos imaginávamos capazes de realizar. Pergunte a qualquer atleta vencedor.
O problema é que, nesta época de ansiedade global, não conseguimos encontrar o alívio necessário ao estresse.
Para sentir-se revitalizado e nutrir a parte mais profunda de seu ser, planeje um período semanal de paz – um sabá semanal – para se aproximar dos prazeres simples da vida, prazeres esses que podem ter sido esquecidos à medida que sua vida foi ficando mais complexa.
Esse simples ritual vai ajudá-lo a reduzir o estresse, a conectá-lo com seu lado mais criativo e a sentir-se muito mais feliz em todos os aspectos da vida.
A folga semanal não precisa durar um dia inteiro. São necessárias apenas algumas horas sozinho, talvez numa calma manhã de domingo, quando você poderá fazer algumas das coisas de que mais gosta – passar algum tempo em sua livraria predileta, assistir ao nascer do sol, fazer uma caminhada solitária à beira do mar, escrever seu diário.
Organizar sua vida de modo a ter tempo de se dedicar às coisas de que você gosta é um dos primeiros passos em direção a uma vida melhor.
Que importância tem se os outros não compreendem o que você está pretendendo ao fazer de sua folga semanal uma parte essencial de sua vida?
Faça-o por você, você merece!
Nas palavras de Thoureau:
Se um homem não mantém o mesmo passo de seus companheiros, talvez seja porque ele está ouvindo o toque de um outro tambor. Deixe-o marchar ao som que ele ouve, nem se esteja fora dos padrões.
Extraído do livro “Quem vai chorar quando você morrer?” de Robin Sharma