Estamos passando por um momento ímpar na história da humanidade. Ao mesmo tempo que devemos cuidar das ações individuas/coletivas, é prudente pensar/planejar possíveis situações futuras e assim, definir estratégias para os meses e anos seguintes quando a situação mais crítica diminuir e a adaptação aumentar.
Procuro alertar algumas pessoas sobre aproveitar este momento para refletir em possíveis cenários para implementar posturas diferentes, pois a humanidade não será a mesma daqui para frente.
Assim, apresento possíveis cenários, nos quais precisamos refletir e estruturar ações mais assertivas.
V, o cenário mais otimista
As recessões formam parte do ciclo econômico e, para algumas correntes do pensamento econômico, são inevitáveis. Dessa forma, o melhor é que, quando ocorram, tenham a forma de V.
Recessões boas não existem, mas a V tem uma queda pronunciada e uma retomada igualmente pronunciada.
O V descreve uma redução forte do PIB, com um ápice breve e uma recuperação acelerada. As previsões mais otimistas consideram que ainda há possibilidade de que a recessão atual acabe tomando essa forma.
U, o cenário mais provável
Uma recessão em forma de U, é aquela em que se entra e se sai, mas ficando (com crescimento) baixo um pouco mais de tempo, sendo custoso sair (da crise).
O que vemos agora se parece mais a um U, ou um U longo, em que recuperaríamos a maior parte do choque (recessivo), mas a uma taxa menor.
A recuperação é difícil, mas com o tempo se sai e se volta a um nível igual ao anterior.
Mais que um V ou um U, a questão é qual será a trajetória final (da economia). Voltaremos à mesma (trajetória)? E quanto tempo levaremos para chegar a ela?
A turbulência do W
Se tivermos um cenário em que o distanciamento social for relaxado e o número de infecções voltar a subir, iremos para frente e para trás e teremos uma recuperação muito mais lenta.
Uma curva de contágio da covid-19 que suba e desça acabaria provocando uma recessão com forma de W.
O W é quando se entra e sai e depois volta-se a entrar (em recessão). A recuperação final não ocorre, e no meio há um momento de aceleração que não se sustenta e (a economia) volta a cair.
Mas isso, no fundo, mais que uma recessão é uma mudança permanente no nível de crescimento.
L, também é possível
O L, nesse cenário, poderia acontecer depois de uma queda, a economia se manteria estável em um ritmo muito menor, sem se recuperar.