Vivemos em uma época de informação aparentemente ilimitada.
A edição diária do New York Times contém mais informações do que uma pessoa comum absorveria durante toda a sua vida na Inglaterra do século XVII.
No decorrer dos anos aprendi que passar algum tempo sozinho mergulhado na natureza ajuda-me a ficar conectado ao imenso universo à minha volta e a restaurar meu espírito nestes dias tão agitados.
Depois de uma semana atarefada com os compromissos de palestras, noites de autógrafos e entrevistas na mídia, o simples ato de sentar-me num bosque e ouvir o vento soprar através das folhas é o suficiente para me trazer calma e paz.
Minhas prioridades tornam-se mais claras, minhas obrigações parecem menos opressoras e minha mente se aquieta.
Comungar com a natureza é também um excelente meio de libertar a criatividade e produzir novas ideias.
Newton formulou a lei da gravidade enquanto descansava sob uma macieira.
Assim também o designer suíço George de Mestral desenvolveu o velcro, depois de examinar os pelos dos carrapichos que se prenderam ao pelo de seu cachorro durante um passeio pelas montanhas.
Ambientes naturais ajudam a interromper a incessante cadeia de pensamentos que enchem nossa mente para que nosso verdadeiro talento possa ser libertado.
E, enquanto você passa algum tempo apreciando a natureza, observe as coisas à sua volta com atenção: a complexidade de uma flor ou o modo como a correnteza se move em um riacho brilhante.
Tire os sapatos e sinta a relva sob os pés. Em silêncio, dê graças por poder apreciar essas dádivas especiais da natureza. Muitos não podem.
Como observou Mahatma Gandhi:
quando admiro a maravilha de um por do sol ou a beleza da lua, minha alma se expande e eu adoro o Criador.
Extraído do livro “Quem vai chorar quando você morrer?” de Robin Sharma