Uma de minhas revistas favoritas é a Fast Company. Ela nos oferece uma visão renovada do mundo atual do trabalho. Em uma das edições recentes, John Seely Brown, guro da Xerox PARC, diz uma coisa que me deixou pensativo:
“Liderança hoje não tem a ver apenas com dinheiro, mas com significado”.
Antigamente, a maior parte das pessoas, contentava-se com um emprego que lhes permitisse pagar as contas, hoje, estamos muito mais ligados a nosso trabalho.
Queremos realização, desafio criativo, crescimento, alegria e saber que estamos vivendo para algo além de nós mesmos.
Em resumo, procuramos significado. Um dos melhores meios de encontrarmos o significado maior naquilo que fazemos é empregar a técnica do questionamento criativo, pela qual procuramos descobrir o impacto que nosso trabalho tem no mundo a nossa volta.
Pergunte a si mesmo:
Quem se beneficia dos produtos e serviços oferecidos pela minha companhia? Que diferença fazem meus esforços diários?
Feitas essas perguntas, você começará a perceber a conexão entre seu trabalho e as vidas que você atinge.
Por exemplo, se você for um professor, pare de pensar nas enormes mudanças que sua profissão tem sofrido e lembre-se de que, cada vez que você entra numa sala de aula, tem o privilégio de moldar uma mente jovem, há crianças e familiares que contam com você.
Se for um corretor de seguros, lembre-se de que você ajuda as pessoas a terem mais segurança, estendendo-lhes a mão em tempos difíceis.
E se for um vendedor, considere como seu trabalho serve as pessoas e como os produtos que você vende acrescenta alegria à vida delas.
Ao se concentrar no valor que seu trabalho acrescenta e na contribuição que você traz, você verá como se eleva seu nível de satisfação e motivação.
Poucas coisas energizam mais o espírito humano do que o desejo de fazer uma diferença na vida dos outros.
Mahatma Gandhi, Nelson Mandela e Madre Teresa sabiam disso. Essas simples mudanças de disposição que lhe estou propondo pode trazer um novo senso de prazer à sua vida.
Extraído do livro “Quem vai chorar quando você morrer?” de Robin Sharma
Wow! Que mensagem forte tem esta reflexão!
Desde muito novo trabalhando no mercado formal e, geralmente em atividades que não me davam muito prazer, me perguntava com frequência: ‘Mas o quê que estou fazendo aqui?’ – A resposta vinha quase que de imediato: ‘Preciso de dinheiro’! Que período difícil.
Creio que muitos fazem estes mesmos questionamentos e seguem com as mesmas respostas, demonstrando uma forte habilidade em tornar os ambientes mais agradáveis e se sentirem melhor.
Para falar a verdade, naquele tempo nunca havia pensado como Robin. Meu pensamento era: “Quero ter um trabalho que faça diferença para mim e para outras pessoas de forma mais efetiva”.
A partir deste pensamento, comecei a pensar e analisar como poderia encontrar esse trabalho. Procurei sempre, entregar mais do que minha posição exigia. Trabalhava mais horas, quando possível, me oferecia para aprender sobre as atividades de outras áreas, fazia amizades com as pessoas mais simples na organização, aqueles que fazem trabalhos importantes, como limpeza, vigilância, cafezinhos, atendimentos etc.
Até que um grande momento chegou em que pude impactar uma cidade inteira no interior do Paraná, onde estava morando com minha família.
Depois de alguns anos, encontrei uma atividade, deixada de lado por muitos, que foi trabalhar com as pessoas mais pobres.
A partir daí, consegui dar total significado para aquele meu desejo antigo que é fazer a diferença para mim e para as outras pessoas e concluo que vale a pena para uma jornada encontrar uma ação como esta.
É claro que, talvez, o mesmo trabalho que faço hoje (e há mais de 20 anos) não sirva para você, mas, uma coisa é certa: Se você se faz a mesma pergunta e está alinhado com a mesma resposta, não pare de tentar encontrar um significado maior para seu trabalho, afinal será o legado que você deixará neste mundo.
Para conhecer um pouco mais das ações, nas quais estou envolvido, visite a página: QUEM SOU
* Foto: Apresentação do Programa de Desenvolvimento Comunitário Integral – PDCI na Aldeia Filadélfia da Etnia Ticuna em Benjamin Constant/AM