Na peça de John Guare, seis graus de separação, a personagem Ouisa tem um diálogo com sua filha Tess, no qual ela expressa a seguinte opinião:
Li, em algum lugar, que todo o mundo neste planeta está separado por apenas seis pessoas. Seis graus de separação. Entre nós e todas as outras pessoas deste planeta. O presidente dos Estados Unidos. Um gondoleiro de Veneza. Pense em qualquer um. Tenho para mim que: a) é muitíssimo reconfortante que estejamos tão próximos; b) o fato de estarmos tão próximo se assemelha à tortura chinesa da água que pinga. Isso porque temos de encontrar as pessoas certas para fazer conexões. É intrigante como cada pessoa é uma nova porta abrindo-se para novos mundos. Seis graus de separação ente mim e todas as outras pessoas do planeta. O difícil é encontrar as seis pessoas certas.
Ouisa estava certa. É intrigante pensar que você e eu estamos separados de todas as outras pessoas que habitam este planeta por, no máximo, seis pessoas.
Ela estava certa ao perceber o desafio: encontrar as seis pessoas certas que o ligarão aquela que você precisa conhecer.
Uma das coisas que fiz em minha vida foi uma lista, à qual chamo de “lista de heróis”, com os nomes de cem homens e mulheres que gostaria muito de conhecer antes de morrer.
Uma vez que, segundo a lei da atração, atraímos para nossa vida aquilo em que nos concentramos, esta lista é uma ferramenta que utilizo para me conectar com as pessoas que mais admiro.
Mais de uma vez, o principio dos seis graus de separação ajudou-me a encontrar a sequência certa de pessoas que me conduziram àquela que queria conhecer. E não paro de me surpreender com a quantidade de pessoas de minha lista que inclui celebridades, líderes do mundo de negócios e outros palestrantes profissionais, que parecem cruzar meu caminho em um aeroporto, ou participam do mesmo seminário em que também estou, ou se encontram almoçando no mesmo restaurante que eu.
O simples ato de listar meus heróis parece criar um auto senso de percepção que ajuda a localizá-los quando estão ao alcance das mãos.
Extraído do livro “Quem vai chorar quando você morrer?” de Robin Sharma