Algum tempo atrás, levei meu filho de quatro anos, Colby, a um restaurante italiano. Era um lindo dia de outono e, como de costume, meu filho estava alegre e cheio de energia. Pedimos nossa massa e começamos a saborear o pão recém assado e delicioso que o garçom trouxera. Eu não fazia ideia de que o pequeno Colby iria me ensinar mais uma lição sobre a arte de viver.
Em vez de comer o pão inteiro como fazem quase todos os adultos, ele começou a tirar o miolo quente e macio, deixando a casca intacta. Em outras palavras, ele teve a sabedoria de se concentrar na melhor parte primeiro, deixando o resto de lado.
Certa vez, alguém disse em um seminário:
As crianças nos chegam mais evoluídas que os adultos para nos ensinar as lições que precisamos aprender.
E naquele dia meu pequeno Colby lembrou-me de que nós, adultos, passamos muito tempo às voltas com as ‘cascas’ da vida, deixando de lado as coisas boas que acontecem todos os dias.
Concentramo-nos nos desafios do trabalho, nas contas a pagar e na falta de tempo para fazer o que precisamos fazer. Os pensamentos, entretanto, formam nosso mundo e crescem em nosso vida – aquilo em que nos concentramos determina nosso destino. Por isso é preciso que nos concentremos nas coisas boas.
Nas próximas semana, arranje um tempo para se conectar com seu lado mais divertido, com a criança que existe dentro de você; observe as qualidades positivas das crianças e imite a habilidade que elas têm de manter energizadas, imaginativas e totalmente concentradas em suas atividades, não importa o que esteja acontecendo a sua volta. Aos fazer isso, lembre-se das palavras poderosas de Leo Rosten:
Você pode compreender e relacionar-se melhor com a maior parte das pessoas se olhar para elas – não importa quão impressionantes elas possam parecer – como se fossem crianças. Na verdade, muitos de nós não nos tornamos tão adultos ou maduros como queremos parecer – apenas mais altos. Para nos certificarmos de que somos adultos agora, rimos menos, brincamos menos e usamos disfarces desconfortáveis, mas debaixo de nossas roupas está a criança que sempre fomos, cujas necessidades são simples e cuja vida diária ainda é mais bem descrita pelos contos de fadas.
Extraído do livro “Quem vai chorar quando você morrer?” de Robin Sharma