Não atenda ao telefone sempre que ele tocar

O telefone existe para sua conveniência e não para a conveniência daqueles que te ligam. No entanto, assim que ouvimos a campainha tocar, corremos como bombeiros atendendo a uma chamada de incêndio. Corremos para o telefone como se nossa vida dependesse daquela ligação. Já vi pessoas interromperem um jantar tranquilo com a família, leituras proveitosas e períodos de meditação para atender a supostos telefonemas urgentes que, na maior parte das vezes, acabam se revelando de pouca importância.

A secretária eletrônica, embora imperfeita, é, de modo geral, uma das bênçãos da era moderna. Ela o liberta para fazer as coisas que você quer fazer, permitindo-lhe atender apenas às ligações que lhe convêm. Não há necessidade de ser interrompido por ligações, e você pode dedicar seu tempo a propósitos mais relevantes.

Sei, por experiência própria, que é difícil acabar com o hábito de atender ao telefone toda vez que ele toca. É tão fácil correr para ele, simplesmente porque queremos saber quem está ligando (às vezes, o ato de atender ao telefone é uma maneira de interromper alguma coisa que você não quer continuar fazendo).

Mas, assim que você aprende a deixá-lo tocar e se concentrar na atividade em andamento, seja a leitura de um livro, um diálogo proveitoso com a esposa ou marido ou uma brincadeira com os filhos, você começará a imaginar por que, afinal, deve correr para atender ao telefone.

Extraído do livro “Quem vai chorar quando você morrer?” de Robin Sharma


Atualmente, podemos dizer que as ‘distrações’ tecnológicas deram um salto quantitativo enorme na sociedade. Alguns devem se lembrar que os telefones eram fixos e, a maioria das pessoas deixavam o volume da campainha no mais alto possível, já com receio de não perder nenhuma chamada. Havia sim, um ‘urgência’ para atender.

Hoje, com tantas opções tecnológicas, deixaram nosso relacionamento totalmente fluído (como diria Zygmunt Bauman); onde o tempo de atenção numa conversa foi drasticamente reduzido a poucos minutos; falamos mais rápido para tentar dizer tudo o que queremos; os telejornais reduziram a entrega das informações a um terço do que era passado, tratando apenas a superficialidade das matérias; as séries e filmes, mudam de assunto a cada fração de minutos, tentando entregar aquilo que os consumidores querem; as homilias nas igrejas, se ultrapassar 30 minutos, com certeza, perdem a audiência; tudo está ‘girando’ cada vez mais rápido!

Penso que, mesmo com esta alta demanda, as dicas do autor se aplicam com 100% de assertividade para prática diária.

Para que nossa saúde mental e física seja preservada, devemos ter atenção e criar determinadas regras para a melhor prática no uso destes recursos.

E, principalmente, quando estiverem duas ou mais pessoas reunidas, coloque seu foco e atenção na conversa; pois, além de mostrar sua educação, você estará dando aquilo que também gostaria de receber!

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