Pratique o amor severo

O fio de ouro que tece uma vida de sucesso e significado é a autodisciplina. A disciplina permite que você faça o que sabe que deve ser feito, mas acaba não fazendo. 

Sem autodisciplina, será impossível determinar objetivos claros, gerenciar seu tempo com eficiência, tratar bem as pessoas, persistir em tempos difíceis, cuidar da saúde ou ter pensamentos positivos.

Chamo o hábito da autodisciplina de ‘amor severo’, porque ser severo consigo mesmo é, na verdade, um gesto de amor.

Agindo assim, você começará a viver a vida com mais propósito e segundo os seus termos, ao invés de simplesmente reagir à vida como uma folha que flutua num riacho, seguindo para onde a correnteza a levar num determinado momento. Como costumo ensinar em meus seminários, quanto mais severo você for consigo mesmo, mais fácil será sua vida.

A qualidade de sua vida é, em última análise, moldada pela qualidade de suas escolhas e decisões, que incluem desde a carreira a seguir até os livros que você lê, a hora em que você se levanta toda a manhã e os pensamentos que você tem durante o dia.

Ao direcionar sua força de vontade, com determinação, para essas escolhas que você sabe serem as corretas (não as mais fáceis), você retoma o controle de sua vida. Pessoas eficientes e realizadas não passam o tempo fazendo o que é mais conveniente ou cômodo; elas têm a coragem de ouvir o coração e fazer a coisa certa. Isso é o que mais as torna grandes.

A pessoa bem-sucedida tem o hábito de fazer as coisas que os fracassados não gostam de fazer,

observou o ensaísta e pensador E. M. Gray.

Pode ser que ela também não goste de fazer determinada coisa, mas esse sentimento está subordinado à força de seu propósito.

O escritor inglês do século XIX, Thomas Henry Huxley, chegou a conclusão semelhante:

Talvez o resultado mais valioso de toda educação seja a habilidade de fazer o que tem que ser feito quando precisa ser feito, quer você goste, quer não.

E, Aristóteles expressou-se assim:

Seja o que for que aprendamos a fazer, só aprendemos, fazendo: os homens aprendem a ser construtores, por exemplo, construindo; tornam-se tocadores de harpa, tocando harpa. Assim, também, pela prática de atos justos, aprendemos a ser justos; pela prática de atos de autocontrole, aprendemos a ter autocontrole; e pela prática de atos de coragem, chegamos a ser corajosos.

Extraído do livro de Robin Sharma – Quem vai chorar quando você morrer?

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