É fácil deixar de ouvir aquilo que os quakers chamam de ‘silenciosa voz interior’, o guia interior que é a fonte de sabedoria. Muitas vezes é difícil andar de acordo com o próprio ritmo e ouvir as próprias intuições quando o mundo à nossa volta nos pressiona a que nos conformemos com o que é ditado por ele.
Para encontrar a abundância e a realização que você procura, é preciso ouvir os sentimentos e intuições que lhe chegam quando você mais precisa deles.
À medida que fui amadurecendo, comecei a respeitar mais meus instintos e as reservas naturais de intuição que todos temos dentro de nós. Minhas primeiras impressões ao conhecer uma pessoa, ou aquela sabedoria interior que me empurra suavemente na direção certa durante os períodos difíceis, são muito importantes em minha vida e trabalho. Parece que a idade traz a habilidade de confiar mais na própria intuição.
Descobri também que minhas intuições se tornam mais fortes quando vivo com um propósito, ou seja, preenchendo os dias com atividades que orientam meu caminho em direção ao meu legado. Quando você está fazendo as coisas certas e vivendo do modo como a natureza quer que viva, habilidades que nem imaginava possuir vão libertar a totalidade da pessoa que você realmente é.
Como escreveu com eloquência o filósofo indiano Patanjali:
Quando você está inspirado por um grande propósito, por um projeto extraordinário, todos os seus pensamentos quebram as amarras que os prendiam: sua mente transcende as limitações, sua consciência se expande em todas as direções e você se vê em um mundo novo, grandioso e maravilhoso. Forças adormecidas, faculdades e talentos reavivam e você se descobre uma pessoa muito maior do que jamais sonhou que pudesse ser.
Extraído do livro “Quem vai chorar quando você morrer?” de Robin Sharma
