“Vai acontecer, depende só de mim” é um mantra maravilhoso.
Li recentemente num jornal que cerca de 10% da população aposta que ganhará na loteria para que, com o dinheiro, possa aposentar-se.
Muitas pessoas estão deixando a qualidade de seu futuro por conta da sorte e não de suas próprias escolhas.
Isso me faz lembrar de um costume que meu irmão tinha quando criança. Quando via que um copo estava para cair da bancada, em vez de correr para evitar a queda, ele cobria os ouvidos com as mãos para não ouvir o barulho do copo estilhaçando-se no chão (ele cresceu e tornou-se oftalmologista pela Universidade de Harvard, e parece que o antigo costume não impediu seu sucesso).
O ponto da história que contei é o seguinte: precisamos manter nossos olhos e ouvidos abertos para a realidade da vida. Se não agirmos, tornando o controle de nossa vida e fazendo com que as coisas aconteçam, será ela que agirá, trazendo-nos coisas que, talvez, não queiramos.
Essa é uma das leis naturais que tem governado a humanidade por milhares de anos.
Para tornar-se mais proativo nas próximas semanas, tente ver a si próprio como o diretor-presidente de seu destino, de sua vida.
Todo diretor-presidente eficiente entende que “vai acontecer, depende apenas de mim” e age como um catalisador de seus sonhos.
Assim também você, se quiser que algo aconteça, em vez de ficar esperando que a sorte determine seu caminho, tome a iniciativa de fazer o que tem de ser feito.
Se você sabe de alguém que possa ajudá-lo a resolver um problema ou agarrar uma oportunidade, pegue o telefone e ligue para ele ou ela.
Lembre-se: você pode encontrar desculpas ou progredir, mas não pode fazer as duas coisas.
Quando ainda trabalhava como advogado, viajava 45 minutos de trem para chegar ao edifício onde ficava meu escritório, no centro da cidade. Todo dia o mesmo homem sentava se à minha frente; ele veio a ser, para mim, o modelo do princípio do “torne-se o diretor presidente de sua vida”.
Ao invés de dormir ou ficar sonhando acordado como quase todos faziam no trem, aquele homem usava os 45 minutos da jornada para se exercitar.
Do momento em que se sentava até o momento em que chegávamos à estação, ele fazia exercícios com os braços, com o pescoço e uma série de outros exercícios vigorosos para melhorar a saúde.
Em vez de se juntar ao grupo daqueles que reclamam não terem tempo para se exercitar, ele decidiu agir e não perder a oportunidade.
É claro que ele parecia meio tolo. Mas quem se importa com o que os outros pensam como se sabe que o que se está fazendo é a coisa certa?
Ao ver-se a si próprio como o diretor-presidente de sua vida, você pode mudar fundamentalmente o modo de perceber o mundo.
Em vez de navegar pela vida como passageiro, torna-se o capitão do navio, conduzindo as coisas na direção que você escolher e não reagindo conforme a maré.
Enquanto você toma o controle de sua vida, reflita sobre as palavras inspiradores de Wiliam James:
O instinto comum da humanidade para com a realidade sempre considerou que o mundo é, essencialmente, um teatro para o heroísmo.
Extraído do livro “Quem vai chorar quando você morrer?” de Robin Sharma